segunda-feira, 22 de março de 2021

Olimpíada de Tóquio vai reembolsar 630 mil ingressos vendidos no exterior

Espectadores estrangeiros não terão permissão para entrar no Japão

Seiko Hashimoto
Os organizadores da Olimpíada de Tóquio irão reembolsar cerca de 630 mil ingressos vendidos no exterior para os Jogos e outros 300 mil para as Paralimpíadas, afirmou o diretor-executivo do comitê organizador. 

Toshiro Muto fez o comentário em uma entrevista coletiva no sábado (20), após organizadores dizerem que os espectadores estrangeiros serão impedidos de entrar no Japão para os Jogos Olímpicos por conta da pandemia de coronavírus.

Muto disse que a organização não irá anunciar quanto vai custar o reembolso. 

Os espectadores estrangeiros não terão permissão para entrar no Japão para os Jogos Olímpicos deste verão em meio às preocupações do público com o coronavírus, esmagando as esperanças de muitos fãs e preparando o cenário para um evento drasticamente reduzido.

Os Jogos Olímpicos foram adiados no ano passado devido à pandemia de Covid-19. Embora o surto tenha esfriado a opinião pública em relação ao evento, tanto os organizadores quanto o primeiro-ministro Yoshihide Suga prometeram levar adiante os Jogos, agora programados para ocorrer entre 23 de julho e 8 de agosto, com as Paralimpíadas de 24 de agosto a 5 de setembro.

A decisão sobre os espectadores estrangeiros "garantirá jogos seguros e protegidos para todos os participantes e para o público japonês", disseram os organizadores em um comunicado após uma reunião online com o chefe do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, e a governadora de Tóquio, Yuriko Koike.

“As pessoas que estão envolvidas nas Olimpíadas de alguma forma podem ter permissão para entrar no país, enquanto os visitantes regulares não poderão”, disse Muto.

Ele disse que os custos de cancelamento de hotéis não seriam cobertos. Os organizadores também podem considerar a redução do número de funcionários que participarão dos Jogos.

Bach disse que compartilhou a decepção dos fãs olímpicos, bem como das famílias e amigos dos atletas que planejavam viajar para Tóquio.

“Por isso, eu realmente sinto muito. Sabemos que este é um grande sacrifício para todos. Dissemos desde o início desta pandemia que exigirá sacrifícios”, disse Bach em um comunicado.

Mas ele ressaltou que a segurança tem que vir em primeiro lugar, acrescentando: “Eu sei que nossos parceiros e amigos japoneses não chegaram a essa conclusão levianamente”.

“Junto com eles, a principal prioridade do COI era, e continua sendo, organizar Jogos Olímpicos e Paralímpicos seguros para todos”, disse Bach.

Turismo prejudicado 
Jogos simplificados significam que o governo não terá o boom do turismo com o qual há muito esperava. O Japão depende cada vez mais de turistas estrangeiros, especialmente da Ásia, para impulsionar sua economia doméstica fraca.

Como outros países, o Japão viu o turismo se desintegrar com a pandemia e seus hotéis e restaurantes foram duramente atingidos.

A decisão de sábado não abrangeu os espectadores locais. Muto disse que os organizadores vão decidir no mês que vem detalhes sobre limite de entrada de japoneses e estrangeiros residentes nos locais de competição.
Fonte: Alternativa com Reuters

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