Presidência do Brasil no G20 também foi tema de telefonema na quarta-feira
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou na quarta-feira (10) com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. No telefonema de 30 minutos, os dois falaram sobre a possibilidade de um acordo comercial entre o Mercosul e o Japão e de temas da agenda bilateral para o fortalecimento da parceria estratégica e do comércio entre os dois países.Em 2024, o Brasil preside o G20 – grupo das 20 maiores economias do mundo. De acordo com a Presidência, Lula e Kishida trataram sobre a cooperação entre Brasil e Japão em foros internacionais multilaterais em prol da paz, da democracia e da superação da pobreza, temas prioritários do Brasil na presidência do G20.
“O presidente Lula agradeceu o convite que recebeu de Kishida no ano passado para participar [como convidado] da cúpula do G7 [grupo de sete das maiores economias do mundo] , em Hiroshima, e manifestou vontade de que o Japão esteja envolvido em todas as instâncias de discussão do G20 este ano”, disse a Presidência, em comunicado.
“[Lula] realçou a necessidade de trazer o debate sobre as mudanças climáticas e energias renováveis para o centro das discussões do G20. Ressaltou que o Brasil irá lançar no G20 uma aliança global contra a fome e a pobreza e que a superação das desigualdades é fundamental para a defesa da democracia”, acrescenta.
Em 2025, Brasil e Japão completam 130 anos de relações diplomáticas.
Ainda segundo o Planalto, Lula expressou solidariedade ao povo japonês e em particular às vítimas do terremoto do dia 1º de janeiro. O tremor de magnitude 7,6, que atingiu a península de Noto (Ishikawa), provocou o desabamento de casas e deram início a incêndios. Foram registradas 206 mortes até agora, além de 52 desaparecidos.
“Os dois líderes falaram também sobre a defesa da paz e da superação dos conflitos em andamento no mundo. Concordaram sobre a importância do fortalecimento das instâncias multilaterais para que guerras como a de Gaza e a da Ucrânia não venham a se repetir”, informou a Presidência.
Kishida expressou o desejo de trabalhar em estreita colaboração para manter e fortalecer a ordem internacional baseada no Estado de Direito, promovendo um mundo onde a dignidade humana é protegida, informou a emissora NHK.
Por fim, eles também confirmaram a colaboração estreita na reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).
Kishida havia planejado uma visita à América do Sul, incluindo o Brasil, este mês, mas teve que adiar a viagem devido a um escândalo financeiro dentro do Partido Liberal Democrata (PLD), envolvendo grandes pagamentos em dinheiro a membros da sigla de forma irregular.
Fonte: Alternativa com Agência Brasil
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